Reservei esse dia para visitar o templo dos tigres que queria MUITO. Através de uma recomendação de uma amiga e das resenhas no Tripadvisor fechei o day tour com a empresa Tour with Tong e realmente só tenho elogios. Conversei com a Tong por email, efetuei pagamento do depósito para garantir o passeio (aproximadamente USD 35.00 através do Paypal) e combinamos todos os detalhes. Ela é muito atenciosa, responde rapidamente os emails e o serviço foi excelente.

O passeio incluindo visita ao Train Market, Floating Market, The Bridge Over The River Kwai, Elephant Bath e Tiger Temple custou THB 5.000 para duas pessoas (sem considerar o ingresso dos lugares).
Nossa guia Kung chegou ao hotel para nos buscar um pouco antes das 7 am juntamente com o motorista num carro Corolla com banco de couro, ar condicionado, água e lenço umedecido. Foi o caminho inteiro conversando e explicando algumas coisas dos costumes, cidade, passeios, etc.
Passamos pelo Train Market e ela nos perguntou se gostaríamos de esperar o trem passar, porém ele não possui um horário exato. Há dias em que passa cedo, outros que passa tarde, então resolvemos não ficar e foi a nossa sorte, pois soubemos que ele tinha passado apenas depois das 10h30 naquele dia. Além disso, tinha chovido, então as ruas próximas estavam alagadas e eu estava rezando pro nosso carro conseguir passar.

Depois disso fomos ao Floating Market, mercado flutuante que atualmente é mais para fins turísticos. Pagamos THB 400 pelo passeio de barco por lá. Ela sugeriu que déssemos uma volta maior para realmente conhecermos como são as casas e a vida das pessoas que moram naquela região. Lá há diversas lojinhas que vendem produtos turísticos, comida, chapéu, entre outras milhares de coisas.

Nos dirigimos então para The Bridge Over The River Kwai onde ela contou um pouco da história da ponte que era utilizada pelos japoneses para levar munições e milhares de pessoas morreram em sua construção. Além disso, a ponte foi bombardeada pelos americanos tempos depois.

Logo nos dirigimos para o Elephant Bath e estava empolgada para tomar banho com eles, porém o guia do próprio local disse que talvez não seria muito interessante fazer isso sozinha, pois geralmente as pessoas vão de grupo, o que torna o passeio divertido e meu marido não queria, pois ainda não tinha se recuperado 100%. Decidi então apenas ver o show dos elefantes (eles fazem massagem nas pessoas, dançam, beijam, giram bambolê) e andar em um deles.

Confesso que não me senti bem naquele lugar, pois não achei as atrações “naturais”. Eles são bem cuidados, mas não tive uma impressão boa lá e fiquei com bastante pena do elefante que andei, pois claramente se via que ele não queria fazer aquele percurso, mas o guia conduzia ele com um ferro (não machuca, pois a pele do animal é super grossa, mas não passou uma impressão boa para mim). Mas isso foi a minha experiência. Tenho uma amiga que foi lá com um grupo de pessoas e adorou ter feito esse passeio. Paguei THB 700 por pessoa para andar nele e o guia que nos acompanha pega a câmera fotográfica emprestada e tira milhares de fotos de você durante o passeio.

Fomos correndo para o Tiger Temple, pois a Kung queria que ainda participássemos do passeio com os tigres, então chegamos para o último passeio onde os staffs, voluntários e monges vão andando com eles até um local determinado e você pode tirar foto ao lado deles. Quando os tigres iam fazer xixi, todo mundo se afastava correndo, pois eles levantam o rabo e esguicham a urina com um jato forte e mal cheiroso, bem engraçado.

Em seguida ela nos perguntou se queríamos tirar foto com a cabeça deles no colo. Apenas tirar fotos ao lado deles já estava incluso no preço do ingresso que foi THB 600 por pessoa. Como eu queria muito, paguei mais THB 1.000 e foi uma experiência INCRÍVEL!!! Você é acompanhado por staffs que te levam pela mão e dizem o que você fazer, onde sentar, etc. Eles mesmos tiram milhares de fotos com sua câmera, e fotos muito boas!
Muita gente diz que não teve boa impressão de lá, mas eu tive. Confesso que cheguei lá achando que os animais eram dopados para ficarem dormindo daquele jeito. Conversamos com os voluntários de todos os lugares que você possa imaginar e eles nos explicaram várias coisas. Primeiro, os tigres não são dopados. Eles são animais noturnos, portanto durante a noite eles ficam soltos e na parte da manhã são estimulados a brincar, fazer exercício e comer (existem passeios agendados a parte onde você pode pagar e participar dessas atividades, sempre na parte da manhã). Sendo assim, quando chega a tarde eles estão exaustos, morrendo de sono e já com a barriga cheia.

Caso tivesse realmente algo de ruim no lugar, com certeza os voluntários colocariam a boca no trombone, pois eles não são pagos para trabalharem lá. Além disso, eles cobram um preço alto por tudo, pois cada tigre come aproximadamente 4 a 5 frangos por dia e eles possuem mais de 100 tigres no local. O preço da foto com as cabeças dos tigres no colo é cara, mas os voluntários que tiveram essa ideia para arrecadar mais.

Os monges, staffs e voluntários comem comida arrecadada nas regiões próximas. Eles não compram comida para eles, comem de doações, portanto todo dinheiro arrecadado é realmente para o templo que também abriga outros animais. Vimos até ursos que ficam lá naquele calor, coitados. Mas isso porque muitas pessoas doam os animais para os monges, então eles cuidam.
Nossa guia nos explicou que tudo começou porque alguns animais apareceram no templo e os monges cuidaram. Sendo assim, foram chegando mais animais atraídos por esses primeiros. Já o primeiro tigre chegou em 1999. A fêmea havia fugido de caçadores e estava machucada quando a encontraram e venderam-na para uma pessoa em Bangkok. Um dos empregados levou o tigre para o templo antes que algo ruim acontecesse, porém depois de um tempo o animal não resistiu. Porém, em seguida chegaram dois novos tigres que foram resgatados de caçadores. Depois chegaram outros e os monges foram acolhendo cada um deles e aprendendo a lidar com os animais.

Esse day tour é bem longo e dura aproximadamente 12h. Além de ser bem distante de Bangkok, há muito trânsito na ida e no retorno, portanto essa duração pode variar.
Paramos num Seven Eleven para comer alguma coisa, já que só tínhamos comido o café da manhã reforçado que nosso hotel tinha feito (que contei no post anterior) e levamos no carro. Depois pegamos estrada e chegamos exaustos no hotel. Decidimos não sair e comer algo ali por perto mesmo, pois ainda tínhamos mais um longo dia de passeio pela frente.
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